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sábado, 9 de outubro de 2010

Comprando pessoas...



Acordei com a cabeça doendo novamente, a velha e conhecida dor que me acompanhava há algum tempo. O telefone tocou, e antes de atender, acendo um cigarro, e espero tocar mais uma vez:
- Dakota.
- Pode falar.
- Papito entregou D. Vicente.
Em seguida o barulho do telefone desligando. Senti um peso no fundo do estomago e um arrepio na espinha... o viado pôs tudo a perder!


Permaneci, durante toda a recuperação do ferimento a bala que Papito sofreu, em sua mansão. Conheci todas as tretas que ele arrumava, e comecei chefiar algumas delas na mesma semana do acontecido. Mas decidi por uma vida sossegada, e fui viver em um bom apartamento por ali, e meu envolvimento com Papito se tornou um pouco mais limitado em termos de negócios. Comecei a cuidar da limpeza e do Papito. Ele sempre me trazia conhaque e drogas, se não vinha, alguem trazia até em casa. Era rotineira a sua visita, um pouco de sexo me caía bem e comigo, Papito parecia gentil. Não sei bem se pelo suposto salvamento, ou se pela desconfiança... passava muito tempo me observando e fazendo perguntas que eu respondia de forma vaga. Nossa relação despertou ciúmes dentre as piranhas da casa, ele mandou todas embora, e trouxe mais no mesmo dia; no final da noite, foi até meu apartamento se queixar:
- Sei de onde todas essas piranhas vêm, conheço suas historias, mas você... continua sendo um mistério que me causa problemas!! Você consegue daqui, destruir minha paz em casa... fala alguma coisa!!! Vai ficar aí parada me olhando?
- Não sou eu que te causa problemas, você se causa.
Esta resposta deixou Papito transtornado, ele saiu batendo a porta e antes de entrar no carro deu vários tiros pro alto.
Alguns dias depois, Papito me liga para uma limpeza, a mando de D. Vicente, um carro me espera na porta, quatro pessoas dentro e as coordenadas sendo recebidas via telefone. Fomos ao local da sujeira.
Quatro reféns trancados em um banheiro, viram os assassinos; Dois comparsas de D. Vicente fizeram a maior sujeira, dificil de limpar e por um motivo muito imbecil, um acerto de contas. Liguei imediatamente para Papito:
- Quem são os imbecis que fizeram isso? Eles deveriam ser retirados junto com toda esta sujeira, são amadores.
- O sobrinho e o enteado de D. Vicente. Faça o melhor que pode, ele é nosso maior cliente.
Desliguei o telefone com o sangue fervendo. Protegidos me dão nojo!!
Foram 15 pessoas torturadas e mortas durante uma festa, execução por uma briga de bar. Protegidos me dão nojo!
Fizemos uma varredura no local e ainda assim, atearia fogo em tudo, nada ficaria para trás. D. Vicente era um dos mais respeitados da região e fazia grandes transações de dinheiro e drogas com Papito, conhecia todos os figurões e seus podres... eis o seu respeito;
Meu trabalho era basicamente tornar o trabalho de outro em crime insolúvel. O meu já estava feito, meu telefone toca:
- Dakota?
- Quem é?
- D. Vicente...





Paguei umas cervejas para a minha equipe de limpeza enquanto eu tratava de assuntos com D. Vicente. Subo o predio tentando me manter segura de mim, quatro novas mortes nas costas e um serviço de limpeza completo, não precisava ter medo de nada e precisava me convencer disso, mas D. Vicente conseguia me intimidar, apenas no nome. Me sentia como se fosse a sala do diretor prestar satisfações da pixação feita no banheiro...
- Sente-se querida, bebe alguma coisa?
- Não obrigada. Estou bem de pé.
- Preciso que termine a limpeza que começou... mas gostaria que fosse mais discreta.
- Com todo o respeito, fiz meu trabalho da melhor forma possível, e garanto que nada será achado na cena do crime. E devo acrescentar, o imbecil que fez algo do tipo não sabia o que fazia.
Ele deu uma risada discreta e se sentou segurando um copo de vinho:
- Preciso que finalize os imbecis que fizeram este trabalho porco, comprometendo assim a minha reputação. Não posso arriscar o meu reinado por causa de duas crianças brincando. Quero que os mate, que mantenha essa informação em completo sigilo e que receba uma gorda gratificação por isso. Estou lhe fazendo este pedido, porque sei, que a limpeza incluída será bem feita, e o sigilo... sabe como é... não quero ficar com fama de carniceiro, matar a família não fica bem para os negócios. De preferencia, que seja algum tipo de acerto de contas ou simplesmente um sumiço...
- Sei como fazer meu trabalho caro D. Vicente. Você me pede dois defuntos, e eu sumo com dois defuntos, a forma como vai parecer é independente.
Ele fez silêncio por um momento...:
- Claro. Sabe o que faz, conheço pouco o seu trabalho e além do mais é uma mulher...
- O que exatamente isso teria haver senhor?
- Eu te explico...

Ele chamou uma piranha dentro da sala, ela entra rebolativa acompanhada de um segurança, ele se inclina no ouvido dela e diz alguma coisa, ela ri e me olha de cima a baixo, isso não me deixa nenhum pouco feliz. Ela se aproxima, ergue a mão e toca os meus seios... soco a cara dela bem no nariz, ela cai sangrando e chorando.
- Vê minha querida... mulheres. São frágeis e acreditam no que dizemos, misturam as coisas... não pedi que ela tocasse você.
- Se o senhor tem dúvidas do meu trabalho, não sei o que faço aqui. Trabalho sozinha e meu contato é o Papito. Não protejo, não ajudo ninguém.
- Era isso que precisava saber. Muito obrigado.
- Tenha um bom dia.

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