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sexta-feira, 1 de maio de 2009

O novo membro da família...







A circunstância era de fácil definição, talvez Papito não quisesse entender...


Assim que os dois comparsas de Guillermo, saíram pela porta, atirando contra o bando de Papito, atirei duas vezes, um caiu e o outro correu. Se o bando atirasse, eu levaria um ou dois tiros com certeza; se um deles dois me visse, mesmo fugindo dos tiros, viriam atrás de mim e me matariam, ou seja, atirei para me salvar... Papito preferiu acreditar que eu o salvei sendo a primeira a atirar.

Estacionamos na frente de uma casa de muro alto e muitas árvores na calçada, entramos...

A casa era grande, bonita e ostentava riquezas, quase me esqueci de Papito se não fossem por seus urros de dor. Haviam, talvez, seis ou sete mulheres na casa, voluptuosas e esbeltas, porém, uma bem magrinha e de aparência frágil, tomou a generosa atitude de cuidar do ferimento de bala. Ele tomou três longos goles de um whisky que trouxeram e queixou-se menos da dor: -Droga de tiro!!! Irado, definia seu humor, jogou um copo na parede e mandou as mulheres saírem de sua frente: - Essas daí pra nada servem, apenas despesas!!! Suas vadias!!!!! Mas você não... você me salvou... devo minha vida a você...

Não estava preocupada com o que ele dizia, eu assistia atenta, a frágil menina que tratava com perícia o ferimento de bala... - Agora você é a rainha deste lar Senhorita!! Ganhei um reinado sem fazer muito esforço, todos esses acontecimentos, sem intervalo estavam me deixando um pouco confusa... um banho, um gole de conhaque e um cigarro, iriam me ajudar a por as ideias no lugar. Estar sozinha agora seria essencial.

Uma das namoradas de Papito me mostrou a suite que agora me pertencia... toalhas, roupão de banho e roupas de cama eu achei em um closed... pra quem morava numa casa de madeira, em uma favela brasileira, se acostumou fácil a boa vida. Eu não sabia, quanto tempo minha sorte duraria, mas com certeza, eu estava pronta pra usufruir cada segundo dela. Assim que acordei, acendi um cigarro e terminei de digerir minha nova realidade. Assim como em um serviço de quarto de um hotel cinco estrelas, o café veio servido no quarto, duas garotas traziam dois carrinhos de comida, Papito foi o último a entrar no quarto... que surpresa. Tomamos café juntos, preferi ficar em silêncio, ele me encarava enquanto comia, eu podia ouvir sua respiração ansiosa... -Está gostando daqui? - Ainda não sei... não tive tempo de me adaptar... - Você está livre pra entrar, sair e ordenar a hora que quiser. Agora tudo isso te pertence... sua voz falará tão alto quanto a minha... sua graça... - Dakota Zúria.


Chegava a ser um tanto patético a gravidade com que ele via a situação, toda essa gratidão desmedida, me parecia tola e ignorante, além do mais, quem dos comparsas dele nunca deram a vida por ele? Eu não sabia o que ele pretendia com essa atitude, mas eu deveria me preparar...

Papito topava qualquer negócio por dinheiro, assassino de aluguel, cobrador de dívidas, apostas, roubos de carros, venda de drogas, fabricação de remédios ilegais, pirataria, venda de animais selvagens, casas de prostituição, contrabando de armas, falsificação de documentos e por aí vai... começou sozinho, não fazia tudo isso, mas com o tempo, montou equipes e conheceu pessoas que contratou para diversas funções, normalmente indicados por pessoas de sua estima e confiança, no mínimo, seis tretas por dia, várias equipes atuando nas ruas e em galpões...

Não sabia se estava pronta para me envolver com tantas coisas ao mesmo tempo... faz tempo que ando no limite, novamente, não tenho nada a perder.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Duas carnes pra jantar...




Euforia definia meu humor naquele momento... minhas mãos desejavam ir de encontro com aquela arma, e traçar uma linha reta entre vontade e realização. Ele devia estar esperando... eu estava. Ansiava em ver as lágrimas do desespero lavar o rosto bandido do filho da puta. Tive até o prazer, de por segundos, esquecer o nome do moribundo... já posso vê-lo!! Só desço do carro com a arma na mão.
Papito não gostava da ideia de me armar, tinha medo de que eu tentasse algo contra ele, não dizia, mas era notório seu pensamento:
- Papito, esse é um acerto de contas... você está acompanhado de cinco comparsas, nada vai te acontecer. Se o sabor da vingança for tão bom quanto penso, faço votos pra que encontremos Guillermo ainda hoje.

Ele ficou pensativo, minha justificativa era plausível... lançou-me na mão o poder e descemos do carro. Me senti dona do meu mundo novamente, a justiça era minha, e não acabaria antes dele pedir pra morrer. Doeu... eu lia isso nos olhos dele, nas lágrimas dele, nos gritos dele. Eu ofegava cansada, enquanto Papito e sua trupe aguardavam com paciência, revezavam pra segurar o condenado pra mim; cuspi, chutei, soquei... é, era minha primeira vez, tinha o direito de aproveitar, que sangrasse até morrer ... Me diverti por três longas horas, os faróis do carro iluminavam a tortura e Papito pediu-me piedade... tive vontade de rir, pensei que fosse piada, mas ele suava e parecia tenso. Ajeitei meu cabelo, tomei fôlego e dei quatro tiros na cabeça do infeliz. Trouxeram-me um cigarro aceso, vamos embora, ainda falta um...


Papito pegou a direção, sentei-me ao lado dele:
-Como soube que eu queria matar Guillermo?
- Ouvi uma conversa no bar perto do beco, faz um tempo... Falavam sobre vocês dois.
- O que esse cara fez pra você estar com tanta raiva?
- Não estou mais com raiva...
Guiei Papito pela estrada até chegar a um bar, atravessamos quase dez bairros, durante o caminho, expliquei que Guillermo costumava receber uma quantia diária desse estabelecimento, por algum motivo desconhecido pra nós... Assim que os carros pararam entrei sozinha, sentei-me ao balcão e pedi algo pra comer, olhei ao redor e senti o cheiro da carniça sentado ao fundo... sem querer soltei um sorriso no canto dos lábios, prevendo presenciar mais um fim; não foi bem isso que Guillermo entendeu. Ele se levantou e veio em minha direção, por um momento fiquei surpresa com a facilidade que as coisas caminhavam;
Papito observava tudo do carro, estava ansioso pro Carnaval começar...
Dois passos pra fora, cinco armas em punho, medo!!!
Passos lentos e um final atrás do bar. Sem chance de Deus intervir... Papito estava com a atenção focada em Guillermo, que não reparou que dois homens aguardavam por ele dentro do bar, só se deu conta, quando os dois saíram pela porta de trás atirando. Eu estava sentada em uma pedra ao lado da porta, Papito e companhia dispersos à luz, ao redor do corpo de Guillermo. Papito levou um tiro e rolou pelo chão, no impulso, levantei e atirei duas vezes, apenas um caiu, eu o eliminei, cuidaram do outro. Saímos correndo para o carro e fugimos, nosso silêncio refletia a adrenalina... Papito sentia dor e urrava no banco de trás:
- Você me salvou... me salvou...!!!


sexta-feira, 17 de abril de 2009

Na oblíqua Maracaibo - parte II


Assim que o Mustang estacionou, saiu de dentro do carro, dois fulanos comparsas de Omar ( o Papito com quem eu estava a negociar ), eles estavam agitados e drogados, comemoravam algo que eu não queria saber, estava mais encantada com meu mais novo presente. Idealizei um futuro...

Omar estava tenso e aos tapas fez um deles voltar ao carro e levar até o galpão que ficava escondido pelo beco... ele se aproximou de mim, não parecia feliz como os outros, segurou a arma, mas dessa vez não apontou, e disse friamente:

- Minha informação.
- Não completamos o show Papito, só posso adiantar que sei onde pode encontrar o Guillermo.

Guillermo era o futuro cadáver de Papito, porque o denunciara a polícia. Uma transação mal sucedida e o inferno estaria estabelecido. Vinganças eternas seguindo gerações era comum por ali. Papito nem sabia o que pensar, ficaria feliz ou desconfiado? Pagaria pra ver, e mataria se não gostasse do que viu, era um risco que eu deveria correr, mas que se dane, eu não tinha nada a perder. Ele idealizou mais uma morte...

Fomos para o galpão caminhando devagar, o carro passaria por um processo de radical mudança, ele se tornaria um carro novo, placa, documentação, cor... o celular de Papito toca, ele fala baixo e esconde o rosto enquanto fala, não dava pra ouvir direito, mas falou comigo...
- Qual a cor? qualquer uma, rápido!
- Verde musgo! Do carro?
Ele não respondeu, não me importei... chegando no galpão, um outro universo!! Um lugar imenso, com vários carros, uma imensa oficina... e muitas pessoas trabalhando ao mesmo tempo, parecia incrivelmente organizado, porém, criminoso. Meu carro estava quase pronto, os segundos estavam rapidos demais para o que estava por vir, o desfecho da negociação. Idealizei o fim...



Me puseram no banco de trás, aceleraram, e fomos em busca do próximo desejo, durante o caminho, me mostraram as belas drogas que encomendei como segundo desejo; o motorista estava cortando os carros na pista principal e conversando conosco ao mesmo tempo... Papito não sairia de perto de mim, enquanto eu não revelasse o meu segredo, e não deixaria sua arma sair de perto de nós... Idealizava um fracasso...


Papito era do tipo que matava por muito pouco, ele não precisava de um bom motivo pra matar, um simples deslize de funcionário e algumas cabeças rolavam. Era quase inacreditável ele esperar tanto tempo pra me matar, mas se manteve obediente por interesse próprio.

Chegamos em um pequeno centro comercial num bairro pobre, algumas pessoas bebiam na rua, e lá estava quem eu queria ver morto, não sabia que um dos carros de Papito vinha atrás de nós, e chegou causando impacto grande, desceram do carro, pegaram o cara, botaram dentro do carro e fugiram... nós saimos logo em seguida, sem a menor pressa, mas essa não era minha vontade, queria estar no outro carro, para ver o maldito individuo aterrorizado...

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