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sexta-feira, 24 de abril de 2009

Duas carnes pra jantar...




Euforia definia meu humor naquele momento... minhas mãos desejavam ir de encontro com aquela arma, e traçar uma linha reta entre vontade e realização. Ele devia estar esperando... eu estava. Ansiava em ver as lágrimas do desespero lavar o rosto bandido do filho da puta. Tive até o prazer, de por segundos, esquecer o nome do moribundo... já posso vê-lo!! Só desço do carro com a arma na mão.
Papito não gostava da ideia de me armar, tinha medo de que eu tentasse algo contra ele, não dizia, mas era notório seu pensamento:
- Papito, esse é um acerto de contas... você está acompanhado de cinco comparsas, nada vai te acontecer. Se o sabor da vingança for tão bom quanto penso, faço votos pra que encontremos Guillermo ainda hoje.

Ele ficou pensativo, minha justificativa era plausível... lançou-me na mão o poder e descemos do carro. Me senti dona do meu mundo novamente, a justiça era minha, e não acabaria antes dele pedir pra morrer. Doeu... eu lia isso nos olhos dele, nas lágrimas dele, nos gritos dele. Eu ofegava cansada, enquanto Papito e sua trupe aguardavam com paciência, revezavam pra segurar o condenado pra mim; cuspi, chutei, soquei... é, era minha primeira vez, tinha o direito de aproveitar, que sangrasse até morrer ... Me diverti por três longas horas, os faróis do carro iluminavam a tortura e Papito pediu-me piedade... tive vontade de rir, pensei que fosse piada, mas ele suava e parecia tenso. Ajeitei meu cabelo, tomei fôlego e dei quatro tiros na cabeça do infeliz. Trouxeram-me um cigarro aceso, vamos embora, ainda falta um...


Papito pegou a direção, sentei-me ao lado dele:
-Como soube que eu queria matar Guillermo?
- Ouvi uma conversa no bar perto do beco, faz um tempo... Falavam sobre vocês dois.
- O que esse cara fez pra você estar com tanta raiva?
- Não estou mais com raiva...
Guiei Papito pela estrada até chegar a um bar, atravessamos quase dez bairros, durante o caminho, expliquei que Guillermo costumava receber uma quantia diária desse estabelecimento, por algum motivo desconhecido pra nós... Assim que os carros pararam entrei sozinha, sentei-me ao balcão e pedi algo pra comer, olhei ao redor e senti o cheiro da carniça sentado ao fundo... sem querer soltei um sorriso no canto dos lábios, prevendo presenciar mais um fim; não foi bem isso que Guillermo entendeu. Ele se levantou e veio em minha direção, por um momento fiquei surpresa com a facilidade que as coisas caminhavam;
Papito observava tudo do carro, estava ansioso pro Carnaval começar...
Dois passos pra fora, cinco armas em punho, medo!!!
Passos lentos e um final atrás do bar. Sem chance de Deus intervir... Papito estava com a atenção focada em Guillermo, que não reparou que dois homens aguardavam por ele dentro do bar, só se deu conta, quando os dois saíram pela porta de trás atirando. Eu estava sentada em uma pedra ao lado da porta, Papito e companhia dispersos à luz, ao redor do corpo de Guillermo. Papito levou um tiro e rolou pelo chão, no impulso, levantei e atirei duas vezes, apenas um caiu, eu o eliminei, cuidaram do outro. Saímos correndo para o carro e fugimos, nosso silêncio refletia a adrenalina... Papito sentia dor e urrava no banco de trás:
- Você me salvou... me salvou...!!!


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