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domingo, 12 de abril de 2009

A velha Copa...


Nos cinquenta e nove minutos que me restavam, caí em devaneios por pelo menos vinte, e lembrei de quando a vida virou de ponta-cabeça.

Do elevador dava pra sentir o cheiro da erva; Só haviam dois apartamentos alugados naquele andar, de um lado uma senhora distinta, pelo que me disseram, uma boa pessoa; do outro lado, a república a qual eu começaria a fazer parte naquele momento. Estava com a mochila nas costas e não tinha pra onde ir, então Ginger me indicou, ela dizia:
- Minha casa é pequena e você com certeza não aguentaria o Pepe.
Pepe era o namorado metido a filósofo, até seu bom dia vinha acompanhado de um conceito, cara cansativo aquele, eu o conhecia pouco, mas o suficiente pra não suportá-lo por mais de duas horas. Tocamos a campainha duas vezes, as vozes e as musicas estavam altas demais lá dentro... uma moça atendeu. Sorridente, nos deixou entrar e cumprimentou Ginger com intimidade. Ao nosso lado, uma cozinha, um corredor comprido à nossa frente acolhendo os quartos e a sala e no caminho, um banheiro modesto. Seguimos o corredor, e haviam pelo menos dez pessoas na sala, me pareceu uma festa, durante as apresentações soube que, apenas um não morava ali. Eram quatro quartos divididos por homens e mulheres, todos com a mesma profissão: garotos e garotas de programa.
A dona do apartamento, no meio da empolgação dos demais, explicou-me que o apartamento era dela, sublocava os quartos e dividia as despesas, afim de manter a organização. Tudo era dividido, sabonetes, comida e drogas; o dinheiro era entregue na mão dela no início do mês, ela e mais duas meninas conseguiam tudo. Era proibido realizar programas na casa, correndo o risco de ser expulso da república, devido aos vários comentários que os vizinhos poderiam vir a fazer para a sindica, perdendo então o apartamento e acabar presa, porém, não era proibido transar por lazer na casa.
Arrumei minhas coisas no armário enquanto a festa rolava, havia pó na mesa, loló em copos, baseados acesos e um pote de ecstasy. Todos estavam chapados de drogas e bebidas, pensei comigo, que seria melhor que encarar as ruas de copacabana, e me inteirei na festa. Seria inútil fugir daquilo tudo, mas não venderia meu corpo. Falavam alto e se alisavam sem pudor, cheguei a sentir certa pena de ter que abandonar o meu.
Joguei cartas, bebi cerveja, fumei maconha...e pareceu encantador saber que a festa estava sendo oferecida a mim como boas vindas,...fui alisada...não me importei. Dei-me conta de que Ginger não estava mais ali, me disseram q ela esta no quarto com

Jonas, o prostituto da elite.
Enquanto todos faziam pontos em ruas ou casas de prostituição, Jonas selecionava suas clientes pela internet e celular, a preferência eram as mais ricas. Passava o dia em casa ou na academia e a cada ligação, um nome novo ou repetido preenchia a agenda.

Durante a festa, após tanta maconha, pó e birita, me empolguei com o jogo de cartas, Jonas sussurrou no meu ouvido uma pergunta que arrepiou minha nuca:
- Me permite mostrar meu talento?
O sorriso se estampou largo no meu rosto respondendo por si só q sim...



O Mustang vermelho chega dando cavalo-de-pau no meio do campo aberto, reabrindo as negociações...

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